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Turismo

Boliqueime estende-se no sentido sul-norte, para o interior, desdobrando-se em férteis campinas e em graciosas colinas, algumas delas já viradas para a serra, sendo "apelidada" de uma varanda sobre o mar e uma porta aberta para o barrocal, constituida por sítios pitorescos com paisagens deslumbrantes, convidando à prática do turismo rural e ambiental onde o Homem se reencontra com a natureza.

Apesar da sua pequena dimensão Boliqueime, sede de freguesia, apresenta um património cultural significativo composto por alguns pontos de interesse turísticos, entre os quais, as tradicionais ruas estreitas de calçada, algumas das quais com uma vista privilegiada sobre o mar, a Igreja Matriz e a Igreja de São Faustino, um museu e os tradicionais moinhos de vento e poços que outrora eram utilizados para abastecimento de água.

Mantêm-se, também, ainda vivas na freguesia algumas tradições, tais como as feiras de 4 de Agosto e 17 de Outubro, a festa em honra de Nossa Senhora das Dores, São Luís e São Sebastião, em Setembro e a festa de São Faustino, no Domingo de Pascoela. De tradição mais recente, em meados de Junho, têm lugar no átrio da Igreja Matriz as festas populares de São João. 

Excelentes são também os passeios pedestres pelas belas e pitorescas paisagens da freguesia, de onde se podem vislumbrar o mar, antigos moinhos de vento, poços de água, miradouros, ribeiras de águas límpidas e cristalinas e as mais variadas vegetações.

A excelência da paisagem e o superior acolhimento da sua gente constituem, igualmente, fortes atracções para nacionais e estrangeiros que de longe a visitam e a escolhem para residência. 

Enfim, 1001 razões para não deixar de visitar esta pequena povoação tipicamente algarvia.

 

A VISITAR:

- Edifício Igreja Matriz

- Igreja de São Faustino

- Edifício do Museu

- Poço/nora

- Amendoeiras em flor

- Chaminés tradicionais

- Paisagens

- Ruas tradicionais de Calçada

- Antigos moinhos de Vento

- Ribeiras

 

GASTRONOMIA

Boliqueime oferece ao visitante uma panóplia de gostos e sabores, fruto da diversidade das produções no campo agrícola e pecuário, dado que a freguesia abrange uma extensa área de Serra e Barrocal.

Rica e diversificada, mas simples, a cozinha e a doçaria de Boliqueime são, de facto, valores a descobrir.

Boliqueime tem para oferecer a todos os seus visitantes uma cozinha rica e variada, fruto das várias influências que decorrem da sua situação geográfica privilegiada, destacando-se as papas de xerem, milhos com carne de porco, cabidela, carne de porco frita, grande variedade de doces e licores tradicionais, entre outros. Explorar Boliqueime e as suas tradições implica mergulhar no fantástico mundo dos seus mil e um sabores, dos seus produtos coloridos e aromas incomparáveis.

Visite-nos e atreva-se a entrar na grande aventura gastronómica da nossa freguesia.

 

ARTESANATO

O artesanato é um factor de ligação com o passado, os usos e costumes, as tradições de um povo com uma cultura bem definida.

Estas tradições artesanais mantêm-se vivas um pouco por todo o Concelho de Loulé, podendo ser encontradas peças dos mais diversos materiais, fabricadas com técnicas e saberes ancestrais, que vão passando de geração em geração.

Artesanato em palma é fabricado um pouco por todo o Concelho, assim como peças em barro, o trabalho artesanal do cobre, arreios e latoaria, além das bonecas de trapo e cestaria.

Muitas destas peças utilizadas nas actividades económicas do dia-a-dia foram reformuladas e actualmente são vendidas para diferentes utilizações, retratando a memória de um povo.

 

EVENTOS ANUAIS

Mantêm-se vivas, ali, algumas tradições, tais como as feiras de 4 de Agosto e 17 de Outubro; a festa em honra de Nossa Senhora das Dores, São Luís e São Sebastião, em Setembro; a festa de São Faustino, no Domingo de Pascoela. De tradição mais recente, celebram-se ali, em meados de Junho, as festas de São João.Boliqueime começa a estar dotada de equipamentos sociais significativos e tem uma vida associativa que revela alguma dinâmica, com diversas colectividades culturais, desportivas e recreativas. 

 

Festas religiosas

- Festas em  honra de Nossa Senhora das Dores e São Sebastião, em Setembro.

- Festa de São Faustino, no Domingo de Pascoela

- Festas Populares de Boliqueime, realizam-se anualmente no 1º fim de semana de Julho.

 

Feiras e mercados

- Mercado mensal, última 5ª feira de cada mês

- Feira das Velharias, 1º Domingo de cada mês

- Feira de 4 de Agosto 

- Feira de 17 de Outubro

 

Festas populares de Boliqueime

As festas Populares de Boliqueime realizam-se no recinto da Igreja Matriz, sendo uma iniciativa que pretende recordar os hábitos e costumes de outros tempos, baseando-se principalmente no convívio popular. A iniciativa tem um vasto leque de artistas e grupos de música tradicional portuguesa.

As instituições que participam no evento têm a cargo a montagem das Tasquinhas no adro da Igreja, assim como a demonstração dos usos, costumes e tradições. 

Esta iniciativa tem como objetivo a promoção da gastronomia local, o apoio e dinamização do associativismo da freguesia, propondo-se construir um espaço privilegiado de encontro entre boliqueimenses e visitantes com as associações socioculturais e desportivas.

É presença habitual muitos visitantes de todo o Concelho de Loulé, de Albufeira e de outros pontos do Algarve, bem como muitos emigrantes e veraneantes.

A organização está a cargo da Junta de Freguesia de Boliqueime com o apoio da Câmara Municipal de Loulé.

 

PATRIMÓNIO CULTURAL

Igreja matriz de Boliqueime (São Sebastião)

O primitivo templo localizava-se na antiga povoação de Boliqueime, hoje designada por Povo Velho, ligeiramente afastada da actual sede de freguesia.

As mais remotas informações datam de 1518. Nessa época era uma simples ermida pertencente à freguesia de São Clemente de Loulé. Os moradores desse lugar tinham recentemente edificado a ermida e mantinham-na à sua custa (Visitação da Ordem de Santiago ao Algarve 1517-1518, p. 92).

Nas duas décadas seguintes procede-se à ornamentação interior e adquirem-se as alfaias neces­sárias para o culto. Em relação ao primeiro aspecto evidenciam-se duas intervenções - por um lado, de acordo com a tradição medieval, as paredes foram pintadas com o Espírito Santo quando desceu sobre os Apóstolos, por outro, já como inovação, adquire-se um retábulo de madeira pintado com São Sebastião, Santo António, a Tentação e a Visitação. Relativa­mente ao segundo aspecto destaca-se a aquisição de alfaias provenientes da Flandres - duas toalhas e um candeeiro - e da Índia - um frontal de Chaúl. (As Visitações da Ordem de Santiago às Igrejas do Concelho de Loulé de 1534, pp. 33 e 34).

Após a elevação a sede de freguesia, provavel­mente na quarta década do século XVI, assiste-se à reconstrução do templo, que passa a ter três naves. O formulário artístico adoptado parece ser o manuelino, conforme se depreende pela descrição do portal principal e do exterior da capela mor (Visitação de Igrejas Algarvias da Ordem de Santiago de 1554, pp. 34 a 36).

Na Visitação de 1565 a igreja estava concluída, necessitando contudo a capela-mor de ser reconstruída pois ameaçava ruína. (Ataíde Oliveira, Monografia do Concelho de Loulé, p. 145).

O terramoto de 1755 arrasou a antiga povoação: "demoliu inteiramente a igreja até aos alicerces, sendo uma das maiores deste circuito, tiveram a mesma destruição total vinte e seis moradas de casas que estavam no lugar, precisando-se os moradores que escaparam por milagre a viver nos campos, servindo­-se alguns de casas que antecedentemente não faziam caso. Desfez-se uma Ermida de Nossa Senhora da Consolação que distava da Igreja quarenta passos". (Memórias Paroquias de 1758).

Na origem da actual aldeia de Boliqueime esteve a Igreja Matriz, o primeiro equipamento a ser cons­truído após o terramoto de 1755.

A construção deve ter começado no ano seguinte, destacando-se a natureza lendária da escolha do local: "Começaram as obras no serro de Diogo Neto, a oitocentos metros de Boliqueime Velho, mas que as ferramentas dos operários desapareceram do local, sendo encontradas na manhã no sítio da actual matriz. Aí pois a construíram". (Ataíde Oliveira, Monografia do Concelho de Loulé, p. 146).

Em 1759 o novo templo encontrava-se concluí­do, tendo-se colocado esta data no fecho do portal principal.

Exceptuando a capela de Nossa Senhora das Dores, os restantes retábulos da nace e o da capela-mor foram executados após a implantação do Liberalismo, já num período de decadência artística.

Uma das confrarias de maior devoção dos fiéis foi a de Nossa Senhora das Dores que, nos anos imediatos à conclusão da Igreja, mandou revestir de talha a capela lateral que lhe foi cedida na nave do novo templo.

No retábulo adoptou-se o formulário rococó, des­tacando-se o facto de o revestimento em talha se pro­longar pelo intradorso e pela face da capela. O retábulo propriamente dito utiliza uma tipologia pouco fre­quente pelo facto de usar planta convexa. De anotar o dinamismo dos pilares compósitos, das colunas de tipo salomónico e do frontão mistilíneo e ainda a graciosi­dade dos concheados, nomeadamente na mesa do altar.

Apesar de se desconhecer a identidade do mestre que concebeu e executou a talha, foi seguramente da responsabilidade de uma oficina sediada em Faro, sede do bispado e principal centro produtivo da região algarvia.

De entre o núcleo de escultura religiosa actualmente existente neste templo, composto por vinte e sete imagens de madeira dos séculos XVI a XIX, destaca-se Nossa Senhora com o Menino.

É um exemplar de pequenas dimensões (36x12cm) proveniente da primitiva Ermida de São Sebastião de Boliqueime, outrora localizada no Povo Velho, nos arredores da actual sede de freguesia. Esta imagem foi adquirida pouco antes de 1534, data em que é refe­renciada entre os objectos que se acharam de novo nesse templo. (As Visitações da Ordem de Santiago às Igrejas do Concelho de Loulé de 1534, p. 33).

Esta imagem de Malines, à semelhança de outras existentes no Algarve e em todo o país, foi importada da Flandres como resultado de um intenso intercâmbio comercial e artístico existente entre Portugal e aquela região do Norte da Europa, no século XV e na primeira metade do século XVI.

Relativamente ao espólio pictório existente neste templo registam-se só duas telas emolduradas, ambas expostas nas paredes laterais da capela mor. Uma delas representa Nossa Senhora ao pé da cruz com Cristo morto nos braços, ambos acompanhados pela figura de um anjo que pousa o braço esquerdo sobre a perna do Senhor. Trata-se de um exemplar modesto, oitocentista, de execução regional.

De maior qualidade técnica é a imagem de Nossa Senhora da Conceição, executada no terceiro quartel do século XVIII por um artista de maior projecção. Esta pintura insere-se no formulário rococó, destacando-se a agitação do manto da Senhora, nomeadamente a ponta esquerda que se contrapõe à mão que segura uma açucena. De referir ainda a graciosidade do rosto e o tratamento delicado das mãos.

 

Igreja de São Faustino

 

Há uma tradição nesta igreja votada a S.Faustino, em Boliqueime, Loulé, Portugal, segundo a qual os recém-nascidos ali eram 'pesados a telhas.

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